Mikhail Lopes
A logística é uma das áreas do negócio que têm demandado mais atenção da parte dos empreendedores. Afinal, fica cada vez mais claro para eles como é importante ter um sistema de armazenamento e de entrega de produtos bem azeitado, capaz de trabalhar com estoques reduzidos e, portanto, com menores custos de manutenção. Isso, é claro, sem deixar faltar mercadoria para entregar ao freguês.
Para ajudá-lo nessa missão, surgiram muitas novidades na área nos últimos anos, como o monitoramento de caminhões por satélite e o uso de computadores e robôs para manusear mercadorias em armazéns. Num setor tão aquecido, você deve ficar muito atento às inúmeras novas práticas de negócios que surgem periodicamente.
A Xerox, por exemplo, começou a melhorar sua área de logística há alguns anos a partir de um acordo de troca de experiências com a L.L. Bean, uma empresa americana que vende artigos esportivos. A fabricante de copiadoras chegara à conclusão de que seu sistema de armazenamento e distribuição de produtos estava longe de ser excelente. Procurou entre empresas do seu ramo e não encontrou nenhuma que se destacasse em logística. Foi então que a Xerox deparou com a L.L. Bean, que conseguia manusear mercadorias nos depósitos três vezes mais rapidamente do que ela.
Os pesquisadores da Xerox então entraram em contato com a L.L. Bean e combinaram uma visita. Surpreendentemente, não encontraram na empresa uma operação totalmente automatizada. Em lugar disso, a L.L. Bean conseguia ser eficiente graças a uma combinação de fatores, como uma arquitetura dos armazéns bem elaborada, um fluxo de trabalho bem estruturado, pagamento de bônus como incentivo e treinamento para os funcionários. "O segredo ali era uma gestão inteligente de um processo extremamente manual", escreveram Bogan e English no livro Benchmarking for Best Practices.
