Categorias da gestão participativa do negócio saudável


Envolvimento no processo decisório

O envolvimento no processo decisório vai além da simples comunicação. Envolver significa consultar as pessoas, individualmente ou em grupo, sobre a solução de problemas, no nível do local de trabalho. As pessoas passam a auxiliar a tomar decisões. Existem três tipos (níveis) de decisões devendo-se esclarecer as responsabilidades de cada pessoa em cada um deles:

- Decisões independentes – essas decisões podem ser tomadas por gerentes, supervisores e/ou indivíduos que não ocupam cargo gerencial. Elas não precisam de discussão informação ou acordo do grupo. São tomadas unilateralmente para acelerar o processo de resolver as situações de rotina.

- Decisões colaborativas (ou consultivas) – são tomadas por gerentes individuais ou grupos de pessoas, a quem foi dada responsabilidade e autoridade para isso. Contudo elas não podem ser impostas e precisam de discussão, participação e aconselhamento das pessoas que serão afetadas por elas. Entretanto a decisão final cabe ao gerente.

- Decisões tomadas por pessoas e grupos potencializados (empowered) – são tomadas pela equipe ou pela pessoa que recebeu poderes para tal ação e não precisam ser aprovadas ou revistas pela administração. Nesse nível, a pessoa ou grupo assume plena responsabilidade, tendo para isso a informação, a maturidade, as qualificações e as atitudes suficientes para decidir da melhor maneira possível.

Equipes autogerenciadas

Essa equipe é formada por um grupo de pessoas com um objetivo, e que decidem como fazer para alcançá-lo, trabalhando dentro de uma área de autonomia definida de comum acordo com a administração. Suas principais características são as seguintes:

- Objetivos claros;

- Conhecimento por parte de todos os integrantes das tarefas necessárias para realizar os objetivos;

- Intercâmbio de papéis: grande parte dos integrantes pode realizar grande parte das tarefas. Os integrantes são multifuncionais e polivalentes;

- Os papéis de liderança podem ser desempenhados por diferentes pessoas e também são intercambiáveis. Quem é líder num momento pode ser liderado em outro;

- As funções de apoio à operação ou objetivo principal estão embutidas no próprio grupo: controle de qualidade, manutenção, suprimentos. Em alguns casos, o grupo assume funções de apoio administrativo, como seleção e treinamento de pessoal;

- A equipe dispõe de todas as informações necessárias para lastrear o processo decisório;

- A equipe tem autonomia para tomar as decisões que afetam mais de perto a realização das tarefas, compensação de faltas, planejamento de férias, requisição de materiais e serviços, seleção, treinamento e transferências de pessoal.

Participação na direção

Participar da direção (co-gestão) significa participar institucionalmente da estrutura de poder da organização, mais que simplesmente do processo de decisões de um dirigente ou de um departamento da empresa. A co-gestão compreende a representação institucional dos funcionários ou representantes de outras instituições na administração da empresa.

Participação nos resultados

A participação nos resultados pode ser implantada em qualquer estágio da vida da empresa. Existem várias modalidades de participação nos resultados. Os empregados podem participar do faturamento, dos incrementos nas receitas, das economias ou ganhos de produtividade, dos lucros e da propriedade da empresa. Comissões sobre vendas, abonos ou salários adicionais por resultados ou atingimento de metas, prêmios por sugestões que resultem em economias ou ganhos e distribuição de ações – eis algumas formas de propiciar a participação nos resultados.

A participação nos resultados fecha o círculo do mecanismo da recompensa: se as pessoas participaram dos problemas e decisões, também devem de alguma forma beneficiar-se dos resultados de seu esforço.

A participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa está regulamentada pela Lei 10 101/00 de 19/12/00.

Autogestão

A autogestão consiste na autonomia completa, de uma pessoa ou grupo, para administrar um empreendimento. Diversas modalidades de administração participativa são consideradas formas de autogestão, mas nem sempre a denominação é correta. Na realidade, autogestão apenas existe quando os participantes de um empreendimento são também seus proprietários, como é o caso das cooperativas, repúblicas de estudantes, condomínios, associações, grupos de teatro, conjuntos musicais e clubes.



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