Você tem de ficar muito esperto quando se trata de buscar as melhores práticas do mercado na área de tecnologia. Em primeiro lugar, deve ter em mente que a tecnologia é um recurso, não um fim. Ela serve apenas para dar apoio ao funcionamento do negócio.
Os empreendedores, especialmente os de menor porte, também precisam pensar no que podem comprar e não no que devem comprar. O restante pode ser terceirizado. Precisam verificar ainda se existe no mercado nacional o que precisam ou se terão de ir buscar lá fora - neste caso, tomando o cuidado de checar se o software ou equipamento se adapta às necessidades de seu negócio e às especificidades do mercado local.
A Gol, por exemplo, emprega o mesmo sistema de reservas de passagem que é usado pelas empresas aéreas de baixo custo que seus executivos foram visitar no exterior. Só que o fornecedor teve de alterar o software para contemplar as rotas com conexões da Gol - que as companhias de baixo custo estrangeiras não operam.
A nova versão do sistema permitiu ainda seu uso por agentes de viagem, o que também não é praxe nas empresas fora do Brasil. Já Busarello, da Tecnisa, diz que, há três anos, a empresa se inspirou na operação online do Banco Itaú para redesenhar seu próprio site. "Não era especialmente bonito, mas era funcional", diz ele. "Para descobrir os benchmarks, você precisa ler muito, fazer muita pesquisa."
Dois meses atrás, Busarello e seu pessoal foram visitar o Submarino, empresa de comércio eletrônico, para entender melhor como eles usam a internet. "É preciso ter a cara-de-pau de ligar para a empresa e pedir para ir lá ver o que estão fazendo, mesmo que você não aproveite nada imediatamente", diz.
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