Uma pesquisa sobre o Empreendedorismo no Brasil
A pesquisa anual GEM
-Empreendedorismo no Brasil
-2003 (veja a íntegra no fim do texto), prossegue na investigação sobre a situação do empreendedirismo em nosso País, como vem realizando desde o ano 2000, juntamente com mais de três dezenas de países.
Basicamente, a pesquisa GEM permite investigar:
i) as condições nacionais de natureza sociocultural e econômica que afetam o empreendedorismo; ii) levantamento junto à população adulta sobre o nosso nível de empreendedorismo;
iii) o comportamento da força de trabalho brasileira em relação aos negócios em geral;
iv) e pesquisa com informantes e especialistas no tema do empreendedorismo, ligados a órgãos governamentais, à universidade e à iniciativa privada.
A respeito das condições gerais socioculturais e econômicas que afetam o empreendedorismo, a GEM investigou dados como a carga tributária, normas regulatórias, PIB, comércio externo, eficácia legislativa e governamental, percentuais de matrículas nos níveis de ensino, etc.
O panorama resultante não é favorável ao Brasil, revelando níveis de desenvolvimento social e econômico inferiores ao da maioria das demais nações pesquisadas, sendo o quadro agravado pela forte carga de tributos e burocracia, alto desemprego e precarização do trabalho e da renda. Quanto aos níveis de empreendedorismo, a GEM constatou taxa de empreendedorismo de 12,9% em 2003, após o País ter registrado taxas mais elevadas nos anos anteriores, como se vê a seguir:
(21,4% - 2000);
(14,2% - 2001);
(13,5% - 2002).
Como a média mundial é de 8,8%, o Brasil ainda apresenta níveis elevados na atividade, como costuma ocorrer com países com alta dinâmica demográfica, maior número de jovens, informalização do mercado e muitas necessidades não atendidas. Não obstante o alto empreendedorismo, a GEM observa que o perfil dos negócios brasileiros continua sendo composto por empresas que atuam com produtos e serviços tradicionais, com pouco potencial de expansão de mercado e conquista de mercados externos. Na identificação dos fatores que induzem à abertura de um novo negócio, a GEM aponta para a elevação da motivação para empreender baseada na "oportunidade de um novo negócio", que alcançou 53%, superando o motivo "necessidade de geração de renda em situação de alto desemprego" com 47%.
Quanto ao empreendedorismo por região, a Região Norte se destaca, com taxa de 23%, seguida da Região Sul, com 19%, como se verifica na tabela. Estimativa do número de empreendedores por região do Brasil – dados agrupados de 2000 a 2003 Região Total Da População Adulta 18-64 Anos TEA % Número estimado de empreendedores Norte 7.974.000 23 1.834.020 Nordeste 29.511.000 14 4.131.540 Sudeste 44.760.000 14 6.266.400 Sul 15.520.000 19 2.948.800 Centro-Oeste 7.193.000 13 935.090
Fonte: GEM 2003 Com relação ao gênero, o empreendedorismo entre os homens é de 14,2%, e entre as mulheres 11,7%, conforme a tabela. Distribuição do empreendedorismo entre homens e mulheres no Brasil – 2003 Homens Mulheres Brasil População Total 89.894.000 92.139.000 182.033.000 População 18-64 anos 51.832.000 53.126.000 104.958.000 TEA 14,2% 11,7% 12,9% Empreendedores (estimativa) - Nº 7.360.000 6.216.000 13.576.000 Empreendedores (estimativa) - (%) 54,2 45,8 100,0 Colocação Geral 7º 4º 6º
Fonte: GEM 2003 Contudo, ao se considerar a evolução ano a ano, verifica-se um rápido crescimento da participação feminina nas taxas de empreendedorismo, conforme se observa na tabela 7. Participação no empreendedorismo – Homens x Mulheres – 2000 – 2003 Gênero 2000 (%) 2001 (%) 2002 (%) 2003 (%) Homens 89.894.000 92.139.000 182.033.000 182.033.000 Mulheres 51.832.000 53.126.000 104.958.000 13.576.000 Total 14,2% 11,7% 12,9% 13.576.000
Marcadores: Empreendedor
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